a.mar verbo indefinido

R$ 30,00

a.mar verbo indefinido é o primeiro livro de poesias de gustavo nagib — amigo, poeta, geógrafo e ator —, e marca a chegada às livrarias da mini editora, que até então se dedicava a livros de tiragem reduzida e com circulação restrita ao mercado editorial independente.

EDIÇÃO

O livro número 10 da Mini Editora nasceu da confiança e da cumplicidade entre o autor e a editora que vos fala. Eu já conhecia o talento poético do Gustavo, e ele já namorava os livros da Mini há algum tempo.

Certo dia o Guga me procurou com um original em mãos e diversas insatisfações em relação a propostas recebidas de outras casas de maior prestígio e circulação. Decidimos, então, nos unir para realizar um projeto de menor alcance de público, porém mais participativo e respeitoso com o trabalho de cada parte envolvida. Buscando não só uma divisão mais justa dos custos e lucros, mas também liberdade de criação e autonomia na tomada de decisões referentes à produção do livro.

A experiência foi inédita para mim. Até então eu só havia lançado títulos de minha própria autoria sob o selo da Mini. Comecei pelo trabalho de edição dos poemas, em que me foi dada total liberdade para cortar, acrescentar, organizar e selecionar, por fim, as 40 poesias que comporiam a obra.

AS CORES

Já nas primeiras leituras que fiz do original reconheci cores na escrita do Guga. Ia anotando em cada página as que me vinham à mente ao longo da leitura, e, ao final, após um levantamento dessa paleta sinestésica, acabei reduzindo as sensações a três cores básicas: vermelho, azul e cinza.

Essa escolha cromática agrupou os poemas em três partes bem definidas, e norteou o projeto gráfico a partir de então.

PROJETO GRÁFICO

Junto com a ideia de produzir um livro colorido e único dentro do catálogo predominantemente monocromático da Mini, havia também o desejo de integrá-lo à linha estética dos livros artesanais lançados até então.

Para isso, a primeira diretriz adotada durante o projeto gráfico disse respeito à simplicidade dos materiais. Mesmo tendo sido impresso em processo industrial, o papel sem revestimento e a costura aparente na lombada explicitavam o desejo de tornar o acabamento do livro tão simples quanto possível.

A diagramação também seguiu pelo mesmo caminho. A fonte Dante foi adotada com exclusividade tanto no miolo quanto na capa — variando apenas entre regular, bold e itálica — e os blocos de texto ao longo das páginas foram centralizados vertical e horizontalmente de modo que cada poema configurasse um desenho branco de palavras sobre a cor intensa e sólida de cada uma das três partes do livro. A cor deveria ser o elemento mais importante da página.

Na capa, o título do livro virou verbete e cada um dos poemas se transformou em um significado, sendo numerados um a um assim como nos dicionários. Desta forma, o índice foi parar na capa reafirmando a sua simplicidade de ser nada mais do que a primeira página do miolo.

O toque manual final ficou por conta do adesivo colado na lateral para abrigar o título na lombada, recurso também bastante simples e original que resolveu o problema da falta de identificação do livro na estante.

IMPRESSÃO

Devido à tiragem relativamente grande desejada pelo autor — 2000 exemplares — este foi o primeiro projeto da editora que utilizou processos industriais de impressão e acabamento.

O método escolhido foi o offset e, a partir das particularidades deste tipo de impressão, foram tomadas decisões de projeto que buscaram a redução dos custos na gráfica sem que a qualidade do livro ficasse comprometida.

A primeira delas foi em relação ao formato que é bastante tradicional e econômico do ponto de vista do aproveitamento do papel.

A segunda foi referente a escolha do tipo de papel, que apesar de um pouco mais gramado que os convencionais, é comum e barato. Além disso, o fato de ser um livro constituído apenas de miolo, sem capa, também colaborou para a economia nas etapas de impressão e acabamento.

A última, e mais importante de todas, disse respeito às cores. O miolo — que tem 48 páginas no total — foi dividido em três cadernos de 16 páginas cada: um totalmente e exclusivamente impresso em pantone vermelho (red 032 U), outro totalmente e exclusivamente impresso em pantone azul (blue 072 U) e outro totalmente e exclusivamente impresso em pantone cinza (warm gray 5 U). Desta forma, cada folha passou apenas por uma mesma cor na frente e no verso, o que economizou na gravação das chapas e simplificou a impressão, reduzindo significativamente os custos sem a necessidade de abrir mão do uso luxuoso das cores especiais.

texto

gustavo nagib

projeto gráfico

hannah uesugi

revisão de texto

viviani xanthakos

fonte

dante

formato fechado

14 x 20,3 cm

impressão

pancrom

método

offset 1 x 1 cor por caderno

papel

offset 150 g/m²

páginas

48

tiragem

2000 exemplares

ano

2015

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